terça-feira, 11 de novembro de 2014

Reunião sugere agenda mínima de estratégias para o enfrentamento das DST/Aids e Hepatites Virais entre usuários de drogas



Durante todo o dia de hoje (terça-feira 11/11) cerca de 40 profissionais de diversas áreas se reuniram em Aracaju, debatendo ações voltadas para usuários abusivos de drogas especialmente os de populações vulneráveis. Atividade faz parte da agenda de eventos prévio ao XI Encontro Nacional de Redução de Danos.

Organizada pelo Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais a atividade se dividiu basicamente em dois momentos: no primeiro foram apresentadas experiências de gestão relacionadas com o tema no estado do Rio Grande do Sul (criação de normativas sobre RD com negociações na comissão bipartite), Testagem de HIV e fluido oral (Projeto Viva Melhor Sabendo) e Projeto Braços Abertos (PMSP).

A segunda metade da reunião foi dedicada a identificação de pontos serem trabalhados para construção de uma agenda básica de enfrentamento desta realidade. Dentre os pontos apresentados pelos participantes se destacam a necessidade de aproximação entra as áreas de Atenção Básica, Saúde Mental e DST/Aids e a reativação do Comitê de Redução de Danos no Ministério. A questão de formação sobre em RD foi um dos tópicos longamente debatidos com análise de pontos de vista diversos sobre projetos como “Caminhos do Cuidado” e outros, além da ampliação de diálogo com o Judiciário, Ministério Público e profissionais de Segurança Pública.

O diretor do Departamento Fabio Mesquita, reconheceu a necessidade de implementar ações de modo a garantir os avanços conquistados principalmente diante de quadros adversos. “Tenho expectativa que o segundo mandato da presidente Dilma irá permitir a retomada de alguns pontos que necessitam um olhar diferente e ações de retomada” , acrescentou. A representante da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), Nara Santos, sugeriu uma ampliação da articulação com o Congresso Nacional visando a criação de espaços de discussão sobre Direitos Humanos e uso de drogas. Já Vera da Ross, presidente da REDUC (Rede de Redução de Danos e DH) enfatizou a necessidade de ampliar a discussão no nível internacional participando dos eventos das Nações Unidas e outros principalmente os fóruns UNGASS e outras discussões. Cristiane Moema, da ABORDA ( Associação Brasileira de Redução de Danos), defendeu a lógica da ética na RD mas chamou a atenção da necessidade de novas práticas a serem apontadas como forma de fortalecimento das estratégias. Monica Malta da Fiocruz sugeriu a criação de um GT para discutir criação de linhas de financiamentos e pesquisa em RD além de identificar boas práticas que podem ser replicadas em outras regiões.

Ao final do encontro se decidiu pela continuidade dos debates, em torno dos pontos , principalmente na busca de interface nas agendas das diversas áreas de gestão e a participação efetiva da sociedade civil.














0 comentários:

Postar um comentário